quinta-feira, 24 de agosto de 2006

O debate sobre o reflorestamento e fábrica de celulose no Rio Grande do Sul




Eucalyptus Forest

Originally uploaded by Matt (mistergoleta).


A região sul do Estado do Rio Grande do Sul é o patinho feio que faz constraste com a riqueza da metade norte, onde está concentrada a atividade industrial, comercial e turística do Estado.

De fato, longe das regiões onde a atividade econômica é pulsante, na metade sul a vida passa mais devagar.

Pior que isso, são os bolsões de miséria que não param de crescer em torno das principais cidades da região sul do estado.

Algum alento há em relação aos projetos de reflorestamento e a possível construção de uma fábrica de celulose na região.

Acontece que grupos organizados de minorias radicais, muito dedicadas e de ideologia de extrema-esquerda estão disseminando idéias contrárias à instalação dos projetos de reflorestamento e da fábrica de celulose, que nem ainda existe, diga-se de passagem.

O primeiro ponto daquilo que chamam de "debate", abordam a questão teórica do conceito de floresta, acusando as plantações de eucaliptos não serem florestas, pois esta pressupõe biodiversidade.

Segundo, porque as fábricas de celulose não geram emprego, "basta olhar a tela do computador, apertar o botãozinho e a folha de papel está pronta. O que gera emprego é a agricultura familiar".

Terceiro, por óbvio, são os investimentos são oriundos do capital estrangeiro, que quer unicamente explorar mão-de-obra barata e destruir nossos recursos naturais.

Por mais que reconheça-se a legitimidade do debate, as idéias datam da era da guerra-fria.

E nos dias atuais, com a tomada do poder pela esquerda no governo federal, se as soluções apontadas pelos radicais não deram resultado para nossa região (tanto é que os problemas continuam os mesmos de governos atrás), é de se pensar se a região sul do Estado tem alguma viabilidade de existir, uma vez que sem emprego, ninguém consegue sobreviver.

Tirando a questão Votorantim/Reflorestamento, há pelo menos uma dúzia de discussões de ordem ambiental na região sul do estado que não atraem os radicais.

Cite-se, a título de exemplo, a contínua degradação ambiental ocupadas por favelas em zonas de preservação ecológica e o fato das maiores cidades da região não tratarem o esgoto antes de despejarem no rios.

Infelizmente essas questões não contém um conteúdo ideológico tão apaixonante quanto lutar contra as multinacionais e "o grande capital", por isso não esquecidas, mesmo fazendo parte do mundo real, visto que afetam diretamente a vida do cidadão comum.

Desse jeito, sem investimentos, corremos o risco de parar no tempo e nos limitar a apreciar a beleza dos velhos casarões das cidades da zona sul do estado.

Lamenta-se.

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