quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Barata encontrada em pão gera dano moral

direito.gifÉ lamentável a postura de grandes empresas perante o Judiciário. O ideal era que em caso de prejuízos relacionados às relações de consumo fizessem acordo para evitar publicidade negativa, uma vez que com certeza serão condenadas pela Justiça, mais cedo ou mais tarde.


Ao invés disso, confiantes na morosidade da justiça, gostam de protelar com os processos até onde puderem.

Infelizmente, no nosso país o Judiciário não impõe medo aos poderosos.

É o caso que aconteceu no julgamento de 31 de maio de 2006:

Em recente julgamento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul consta que Carlos Roberto Pires comprou quinze pãezinhos no Supermercado Nacional, em Pelotas-RS.

O autor da ação afirmou no processo que seu filho assustou-se e pulou da cadeira ao ver que havia uma barata morta dentro de um dos pãezinhos enquanto tomava café da manhã.
Chamada a vigilância sanitária para fazer perícia na barata, concluiu-se que tratava-se de "um inseto da Ordem Blattodea, Blattela germanica, ou seja barata sinantrópica comum em locais onde exista alimento disponível e mal acondicionado, como restaurantes e padarias. Indivíduos desta espécie constituem importantes vetores de agentes patogênicos."

Em vistoria realizada na padaria do supermercado foi constatado que "havia várias baratas vivas, de todas as idades".

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul entendeu que "em vista disso, tudo leva a crer que o inseto encontrado no produto (fato comprovado pelas testemunhas) proveio da falta de higiene do local onde foi produzido. E as péssimas condições do estabelecimento verificadas pelo ente público, aliada à versão trazida pela prova testemunhal, constituem suficiente comprovação de que foi neste local onde a barata se alojou no alimento adquirido pelo autor."

O supermercado foi condenado em pagar R$ 3000,00 de indenização ao autor da ação.

Um comentário:

  1. Acho que já houve melhora com o tratamento dispensado aos consumidores. Acredito que a empresa que quiser sobreviver a competição tem de respeitar o consumidor ou estará fadada ao fechamento.

    Já tive pequenos problemas com produtos da Nestle e Perdigão e após contato rapidamente mandaram representantes em nossa casa e trocaram os produtos (em dobro).

    Hoje preferimos comprar essas marcas pois sabemos que em caso de problemas as coisas serão resolvidas facilmente.

    Já a Pampers não quis fazer a troca de fraldas defeituosas e deixamos de comprar a marca.

    Em casos como o citado, que vão diretamente a justiça, a empresa deveria se desculpar, pagar logo os danos, limpar as instalações e dar graças a Deus que ninguém ficou doente ou morreu.

    Agora, cá entre nós, gostei do "baratas de todas as idades".

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