domingo, 31 de dezembro de 2006

Derradeiro post de 2006



PenciL.&.PaPeR!!

Originally uploaded by cute aNGeL!!.

No ano que descobri a arte de escrever um blog, gostaria de desejar a todos meus leitores um feliz 2007.
Encerrar o ano com mais de 46 mil visitas é algo que me deixa feliz, e que continuemos no mesmo ritmo em 2007, se Deus quiser.
Abraços a todos, e...sem excessos na passagem de ano!
Feliz Ano Novo! :-)

sábado, 30 de dezembro de 2006

Praia do Cassino, em Rio Grande, Brasil



Praia do Cassino, em Rio Grande, Brasil

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Com Pelotas derretendo a 36ºC, me mandei para praia. Na periferia da cidade passei por um ônibus da Planalto que faz a rota Santa Maria-Santo Ângelo-Santa Rosa. Estava vazio. Nestes tempos de aquecimento global, ninguém quer ir para o interior do estado para passar mais calor ainda.

Acima, foto que tirei da praia do Cassino, em Rio Grande, RS, num dia perfeito para praia. Estava calor, com água quente e tinha pouco vento, coisa muito rara nas praias gaúchas.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Há algo de estranho neste verão



PA080034

Originally uploaded by zohguy.

Quando caminha-se no sol, tem-se a sensação que ele está tão forte a ponto de arder a pele em poucos segundos de exposição. Quando se está na sombra, parece que a temperatura baixa uns 10 graus. Fazem agora 31ºC. A umidade está mais baixa do que o normal.

Dois conhecidos meus que foram à praia e se expuseram ao sol ficaram doentes, com problemas na garganta. E comigo não foi diferente. Além da garganta, também a rinite alérgica me atacou.

Tenho a impressão de que vai ser preciso usar muito mais do que apenas filtro solar nesse verão. Não sei ainda bem o quê.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Por que ser exibido

Steve Pavlina.com escreve sobre a razão por que se deve ser "exibido". Veja o artigo completo. Ele cita a famosa frase de Woody Alen que afirmou "oitenta por cento da razão do sucesso é o exibicionismo". Óbvio que apenas exibicionismo seja no trabalho, numa prova, num relacionamento não garante o sucesso, mas certamente é um pré-requisito. A questão do exibicionismo (no bom sentido) é um ponto crítico para pessoas tímidas, cujo o potencial é muitas vezes limitado pelo medo do que os outros vão pensar.

No post sobre exibicionismo Steve Pavlina fala de sua experiência de praticante de lutas marciais. Exemplo que se encaixa como uma luva no meu caso. Como todo mundo, iniciei a prática de exercícios físicos do zero, mas "exibindo-se" na academia, mais e mais, passei a dominar as técnicas e embora nem sempre consigo me motivar para a aula, ainda assim não deixo de ir, pois nestas situações o "piloto automático" entra e cena e faz o resto por mim. É claro que o simples fato de se "exibir" não garante os resultados da aula, é preciso colocar esforço, como em tudo na vida, mas é um pré-requisito para prosseguir no objetivo de ter uma vida saudável.

Steve Pavlina fala de exemplos que "exibir-se" representa 80% do caminho para o sucesso:

1-"Exibir-se" na aula - para aprender e obter um diploma;

2-"Exibir-se" no trabalho - para ganhar a vida e construir uma carreira;

3-"Exibir-se" na academia - para ter uma vida saudável;

4-"Exibir-se" num supermercado com uma lista de comida saudável-comprar comida saudável e melhorar a dieta;

5-"Exibir-se" no seu relacionamento - para manter o namoro; iniciar uma relação promissora

6-"Exibir-se" para o sucesso - tomar decisões, traçar objetivos;

7-"Exibir-se" para as oportunidades-escrever um livro, iniciar um negócio, criar um blog

Então? Vamos nos exibir?

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Natal high tech



Natal high tech

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Este ano foi o Natal da tecnologia, Papai Noel me deu um mp3 player e um celular com câmera digital. Embora não goste de ouvir música com fones de ouvidos, correr com um mp3 player é muito legal. Curte-se a música além da natureza. E tenho a impressão que fico mais concentrado no exercício. Esquece-se até do cansaço! Apenas por razões de segurança não escuto o som muito alto enquanto corro. Eu recomendo.

sábado, 23 de dezembro de 2006

Natal



Natal

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Feliz natal a todos meus amigos e amigas!

Em especial àqueles que me aturam lendo este blog...

:-)

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Fui contra o voto nulo e não me arrependo

Revolta no país (e na blogosfera) contra o aumento de 91% dos vencimentos dos congressistas. De oito mil e quinhentos reais passaria a ser mais de dezesseis mil. Fora as vantagens que são pagas além dos vencimentos.

Opus-me a campanha pelo voto nulo, nadei contra a maré, fui xingado e mantive minha posição.

E continuo achando que fiz a coisa certa. A decisão infeliz do auto-aumento partiu do deputado Aldo Rebelo (PC do B/SP) , um partido que, por convicção, nunca votei.

Deve ainda ser acrescentado que o Supremo Tribunal Federal (decisão do Ministro Ayres Brito) cassou a decisão do auto-aumento. É inconstitucional, porque vencimento de servidor público (em lato sensu os congressistas também são) só pode ser aumentado por lei. Com votação nominal.

Foi justamente a falta de democracia neste caso que permitiu o auto-aumento, uma vez que a decisão partiu de um único deputado.

Agora, senhores congressistas, quem for a favor do aumento que se manifeste em público.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Exemplo a ser seguindo no serviço público



Themis

Originally uploaded by Mornby.

Como é do conhecimento de todos, a BR-101, a estrada federal que atravessa boa parte do litoral brasileiro está sendo duplicada entre Palhoça, em Santa Catarina e Osório, no Estado do Rio Grande do Sul.
Trata-se de uma estrada vital para os interesses econômicos do país.
Suas atuais condições não mais suportam o tráfego de veículos. Por conta dos inúmeros acidentes, recebeu o apelido de "Estrada da Morte".
Entretanto, as obras estão atrasadas. Mas, por incrível que pareça, não é em razão do tempo ou da falta de dinheiro.
As obras estão atrasadas por causa dos processos judiciais de desapropriação dos imóveis de propriedade das pessoas que moram ao longo do trecho da rodovia.
Sob a letra fria da lei, em tese, muitas destas pessoas sequer teriam direito a indenização, uma vez que ocupam uma faixa de terra que é de propriedade da União. Outros casos, as pessoas ocupam há décadas o imóvel, sem nenhum tíulo de posse, num típico exemplo das milhares de pessoas deste país que vivem a margem do direito que consta nos códigos.
Prevendo que estas pendências judiciais poderiam levar muito tempo, juízes e servidores do Tribunal Federal da 4ª Região, juntamente com os defensores públicos da União, dirigiram-se às comunidades onde vivem estas pessoas e esclareceram os procedimentos legais e documentos que elas deverão seguir com o fim de receber a indenização e encerrar os processos da forma mais rápida possível.
Com espírito público, os defensores públicos da União, juízes e servidores do Tribunal Regional da 4ª Região estão prestando um serviço inestimável ao país. Reportagem aqui.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Aprendi uma lição no Mundial Interclubes

Durante o jogo do Internacional x Al Ahly foi colocada uma TV no auditório do lugar onde eu trabalho e alguns funcionários foram olhar o jogo. Logo que soube também apareci por lá para matar a curiosidade.

Era uma sala escura, quente demais, com um cheiro de mofo  insuportável. Tudo isso para ver o Internacional e o poderoso Al Ahly do Egito. Só agüentei ficar 10 segundos.

Saí dali com a sensação de  que  trabalhar dá menos trabalho do que fingir que se está trabalhando.

domingo, 17 de dezembro de 2006

Nosso planeta também é vermelho


Porto Alegre não é tão charmosa quanto Barcelona, o  Estádio Beira-Rio não é tão bonito quanto o Nou Camp e Fernandão não ganha tanto quanto Ronaldinho, mas quando o mundo elegeu o Barcelona como favorito para vencer o mundial interclubes, esqueceu  que futebol ganha-se no campo.

De fato, como toda final, foi um jogo nervoso. Qualquer dos dois times poderia vencer. Mas os deuses do futebol estavam a favor da nação colorada. Quem não se preocupou ao ver Alexandre Pato saindo de campo contundido?  Quem não se desesperou ver Fernandão sendo substituído pelo desconhecido Adriano?

Pois justamente quando se achava que o jogo teria  um final dramático para o  Internacional, com os dois melhores jogadores fora do campo, aconteceu o gol, aos 36 do segundo tempo,  marcado justamente por Adriano.

Gol no momento certo. O poderoso Barcelona não tinha mais como reagir.

Em 1983, ao comemorar o título do Grêmio, no Rio Grande do Sul, parafraseando o astronauta Yuri Gagarin se dizia: "A Terra é azul". Vinte e  três anos depois, nosso Estado pode dizer agora: "A Terra é também o planeta vermelho."

sábado, 16 de dezembro de 2006

A poupança fraterna do Projeto de Lei Complementar nº 137/2004

Há algumas semanas começaram a circular boatos na internet sobre a possibilidade de um novo confisco da poupança, tal como aconteceu em 1990. Conhecidos também já me perguntaram sobre a lei, mas não pude dizer muita coisa.

É difícil de acreditar que após os resultados do Plano Collor alguém ainda poderia cogitar alguma coisa deste gênero. De qualquer jeito, como neste país tudo é possível, resolvi pesquisar no site da Câmara dos Deputados. E realmente, ela existe.

É o Projeto de Lei Complementar nº 137 de 2004, de autoria do Deputado Federal Nazareno Fonteles (PT/PI).

Para não causar pânico, vou esclarecer desde já que projeto de lei trata-se apenas de uma proposta legislativa, a lei na verdade não existe, nem foi votada. Na verdade, o Projeto de Lei Complementar nº 137/2004 foi rejeitado.

O Projeto de Lei estabelece um limite máximo de consumo, que consiste num limite de gasto que cada cidadão poderá utilizar para custear sua vida e de seus dependentes. O limite previsto no projeto de lei é de dez vezes o valor da renda per capita nacional mensal.

A partir da publicação da lei, por um prazo de sete anos, cada pessoa só poderia dispor do valor igual ou inferior ao estabelecido no limite máximo de consumo.

Aquilo que a pessoa receber acima do limite máximo de consumo será depositado mensalmente a título de empréstimo compulsório em conta de caderneta de poupança denominado de "poupança fraterna".

Os recursos arrecadados no empréstimo compulsório seriam devolvidos nos quatorze anos seguintes ao final do prazo de sete anos, isto é, o que foi depositado compulsoriamente poderia ser reavido após 21 anos, limitado à metade dos valores depositados mensalmente.

A poupança fraterna seria administrada por um fundo com vários representantes do governo, que deveriam aplicá-lo em saúde, moradia, habitação, meio-ambiente etc. etc. etc. , tal como acontece com os inúmeros impostos arrecadados.

Fato curioso é que o projeto de lei ocupa 6 páginas no arquivo, mas a justificativa possui mais de vinte folhas com o autor do projeto de lei tentando explicar seus méritos.

Felizmente, numa manifestação de bom senso, o Projeto de Lei nº 137/2004 foi rejeitado em parecer do Deputado Max Rosenmann (PMDB/PR). Dentre várias razões ele apontou: "Deve-se avaliar com sensibilidade social o que é aceitável pela opinião pública o que não o é. E este empréstimo compulsório, tal como delineado o Projeto, contraria não só o espírito da Constituição como a onsciência e a opinião pública."

Em suma, o Projeto de Lei Complementar nº 137/2004, que criava a Poupança Fraterna, de fato, existiu. Mas não passou de um projeto de lei.

A Lei Complementar nº 137/2204, que criava a Poupança Fraterna foi rejeitada pela Comissão de Finanças antes mesmo de ser votada pelo Congresso Nacional.

Passado o susto, a vida continua.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Spam chique



spam

Originally uploaded by Tall Scientist.

Na última rodada de deletação de spams achei estas duas pérolas. Será que estas marcas precisam disso? Ou acharam que tenho cara de ricaço?

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quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Pelotas



Pelotas

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Foto histórica. Minha primeira foto usando um celular. A resolução não é lá essas coisas, ainda assim me surpreendeu a qualidade / My first shot using a celular phone. The resolution is not very hight, anyway the quality of the shot surprised me.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Ponte General Artigas / General Artigas Bridge



Ponte General Artigas / General Artigas Bridge

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Ponte no "paso de frontera", em Paysandu, que divide o Uruguay e a Argentina, que fica do outro lado margem. Bridge in the border Uruguay and Argentina. Argentinean territory is on the other side of the river.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Second Life é muito capitalismo e pouca diversão



Second Life shopping illustration

Originally uploaded by Si1very.

Depois do massacre combinado da mídia brasileira, uma vez que a Revista Veja e o jornal local Zero Hora publicaram matérias sobre o jogo Second Life na mesma semana, decidi experimentar também.

O jogo é uma espécie de The Sims muito mais ambicioso, em que os jogadores ao se cadastrarem ganham um personagem (avatar) e a partir daí poderão viver sua "segunda vida" no ambiente virtual do game, que lembra os cenários do filme Blade Runner.


Second Life é dividido em territórios ou ilhas, que podem ser adquiridas pelos jogadores, onde poderão montar seu negócio ou simplesmente construir suas casas virtuais.
Alguns fazem da construção um dos negócios principais do Second Life. Compram territórios, desmembram, constróem loteamentos, condomínios e posteriormente vendem para outros jogadores.

Mas esse é apenas um tipo de negócio no Second Life.

Nos territórios pode-se construir cassinos virtuais, boates, boutiques, shoppings e...começar o negócio!

A moeda que circula é o Linden Dolar, conversível para o dólar americano. Deste jeito, há notícias de pessoas que já ficaram milionárias jogando Second Life, convertendo Linden Dolars para os tradicionais US Dolars.

Este é um aspecto interessante do jogo, pois ele impulsiona uma economia paralela ao mundo real, uma vez que se há aqueles que vendem e ganham dinheiro no Second Life, outros menos afortunados procuram emprego como atendente de loja, dançarino de boate ou promoter de festas.

São os empregos de pessoas pouco qualificadas que representam as tendências do momento, que variam conforme a conjuntura econômica. Só que pelo que vi, é preciso muita paciência para arrumar emprego no Second Life.

Desempregado (apenas no mundo virtual, graças a Deus), a maior parte do jogo eu fiquei vagando de um lugar para outro, sem muito o que fazer, porque sem dinheiro, o Second Life fica monótono.

Se você quiser experimentar Second Life, clique aqui. Com talento em design gráfico e tino para negócios, você poderá transformar-se num new rich do Second Life! A assinatura básica é grátis.

Agora, se você não tem habilidade para fazer dinheiro virtual suficiente para converter em dólares, minha sugestão é procurar outra coisa para fazer ;-)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Primeiro fim de semana na praia



Cassino

Originally uploaded by Camafunga.

Eis a foto da praia do Balneário Cassino, que fica em Rio Grande. A praia é famosa por suas dunas. A tranqüilidade da foto contrasta com a agitação que estava a praia no dia de ontem. Não levei minha câmera. Mas testemunhei, como sempre acontece nas praias gaúchas nesta época, excessiva ansiedade movida a cerveja por parte dos freqüentadores. Na estrada, o que menos se observa são os limites de velocidade, até mesmo respeitar a velocidade é um problema, porque corre-se o risco de ser atropelado pelo carro que vem atrás. Como seria bom se as pessoas esquecessem a pressa lembrassem que o verão do ano que vem poderá ser ainda melhor que este!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Tempos difíceis para a liberdade de expressão

Recentemente o Professor Emir Sader foi condenado pela justiça por escrever um artigo  no qual reagiu às declarações em que o senador Jorge Bornhausen se referiu ao PT como uma “raça que deve ficar extinta por 30 anos”.

Além da condenação criminal, o professor foi  ainda penalizado, como efeito da sentença , a perda do cargo de professor da UERJ, visto que o juiz de primeiro grau entendeu que o professor utilizou-se da função pública para praticar o crime.  Mais detalhes no blog do Túlio Vianna

Há um tempo atrás li num informativo do Supremo Tribunal Federal que dois jornalistas tentaram ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional pelo fato de escreverem críticas ao governo na Revista Veja. Para o governo do Brasil, quem critica o governo põe em risco a segurança nacional.

Pelo menos neste caso, a história teve um desenlace feliz, visto que além do Tribunal dar-se por incompetente para o julgamento, declarou que a ação judicial estava fadada a improcedência.

Por fim, Diogo Mainardi na sua coluna semanal da Revista Veja, relata que foi citado judicialmente por dois oficiais de justiça, obviamente que o "crime"  foi   criticar o governo  na revista.

Lamentavelmente, à medida que está crescendo a facilidade com que as pessoas estão podendo expressar sua opinião, inclusive por meios digitais, cresce igualmente a intolerância das autoridades com o liberdade de pensamento.

Estamos observando  cada mais a concessão de  privilégios para membros dos poderes e  cada vez menos liberdade de expressar nossa opinião, algo preocupante.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

STF moralizou as "férias" dos tribunais

Neste post, eu já tinha escrito sobre a inconstitucionalidade  da resolução do Conselho Nacional de Justiça que decidiu pela autorização dos tribunais de justiça do país adotarem férias coletivas.


Corporativismos à parte, a inconstitucionalidade era flagrante, pois autorizava algo que a Emenda Constitucional nº 45 proibia expressamente:


a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente.”


Era incompreensível o Conselho Nacional de Justiça tenha autorizado algo que a Constituição Federal tenha proibido, e se era para ter férias coletivas nos tribunais, então por que aprovaram a EC nº 45?


Numa decisão moralizadora, no dia de ontem, o Supremo Tribunal Federal, por dez votos a zero,  julgou inconstitucional a decisão do Conselho Nacional de Justiça, restaurando a autoridade da Constituição Federal e da EC nº 45.


No voto da Ministra Carmen Lúcia, relatora do processo, foi decidido que “não tem o Conselho Nacional de Justiça ou qualquer outro órgão, do Judiciário ou de qualquer outro poder, competência para tolerar, admitir ou considerar aceitável prática de inconstitucionalidade”  e que  "se as férias coletivas são melhores para juízes e advogados, que se mude a Constituição pela vias legais, não se podendo ignorar um claro mandamento constitucional".


No Espaço Vital foi publicado que "prazos correrão e advogados estão sem saber o que fazer."


Mas eu já sei. Vou trabalhar, tal como aconteceu no ano passado.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Drama de quem defende a administração

Muitos estudantes de direito não gostam da profissão de advogado, porque acham que muitas vezes ele tem que defender uma causa sem convicção alguma.

E muitas vezes estão certos.

É o caso da maioria esmagadora das ações de medicamentos em que pacientes sem condições de adquiri-los, recorrem ao Judiciário para receber os remédios que são negados pelas secretarias municipais e estaduais pelo Brasil afora. Por conta disso já aconteceu até prisão de autoridades por descumprimento de ordens judiciais.

Claro que a intervenção de quem defende a administração é necessária, com o fim de evitar abusos, mas isso é a exceção e não a regra.

Por outro lado, difícil é defender ações em que se pretende obter remédios banais, que até em casa  tem.

Comentando o assunto com colegas, recebi como resposta "já está resolvido então!".

Mas não os culpo pela brincadeira, já que se fosse carregar para o lado pessoal este tipo de trabalho, às vezes ingrato,  a vida tornar-se-ia impossível.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Foto misteriosa / Misterious shot



Foto misteriosa / Misterious shot

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Não lembro onde tirei a foto, pois ela apareceu quando eu descarregava a imagem no PC. Com certeza foi um acidente, mas a composição até que não ficou ruim, na verdade achei até bonita, tão bonita que acho que só por erro conseguiria! / Don´t remember where I took this shot, since it appears in the PC while downloading the shots from the camera. I´m sure it was a mistake, however the composition is not so bad.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Memórias literárias



Pencil and Paper

Originally uploaded by photo_up.

Por essas estranhas peças que a memória nos prega, lembrei de uma parte de uma poesia que nos foi passada na 2ª série do primeiro grau.

Digitei uma parte do poema no Google e...estava lá!

Achei neste blog.

ps-Professora culta como é, a Emília achou que o poema não seria adequado para a segunda série do primeiro grau. De fato, revivendo a memória, na verdade o poema foi nos passado no segundo grau, só não lembro agora se foi no primeiro ou segundo ano. Obrigado professora! :-)

Ninguém

"A rua estava fria. Era sábado ao anoitecer mas eu estava chegando e não saindo. Passei no bar e comprei um maço de cigarros.Vinte cigarros. Eram os vinte amigos que iam passar a noite comigo.
A porta se fechou como uma despedida para a rua,mas a porta sempre se fechava assim. Ela se fechou com um som abafado e rouco. Mas era sempre assim que ela se fechava. Um som que parecia o adeus de um condenado. Mas a porta simplesmente se fechara e ela sempre se fechara assim. Todos os dias ela se fechava assim.
Acender o fogo,esquentar o arroz,fritar um ovo. A gordura estala e espirra ferindo minhas mãos. A comida estava boa. Estava realmente boa,embora tenha ficado quase a metade no prato. Havia uma casquinha de ovo e pensei em pedir-me desculpas por isso. Sorri com esse pensamento. Acho que sorri. Devo ter sorrido. Era só uma casquinha.
Busquei no silêncio da copa algum inseto mas eles já haviam todos adormecido para a manhã de domingo. Então eu falei em voz alta. Precisava ouvir alguma coisa e falei em voz alta. Foi só uma frase banal. Se houvesse alguém perto diria que eu estava ficando doido. Eu sorriria. Mas não havia ninguém. Eu podia dizer o que quisesse. Não havia ninguém para me ouvir. Eu podia rolar no chão,ficar nu,arrancar os cabelos, gemer, chorar,soluçar,perder a fala,não havia ninguém para me ver.Ninguém para me ouvir.Não havia ninguém. Eu podia até morrer.
De manhã o padeiro me perguntou se estava tudo bom. Eu sorri e disse que estava. Na rua o vizinho me perguntou se estava tudo certo. Eu disse que sim e sorri. Também meu patrão me perguntou e eu sorrindo disse que sim. Veio a tarde e meu primo me perguntou se estava tudo em paz e eu sorri dizendo que estava. Depois uma conhecida me perguntou se estava tudo azul e eu sorri e disse que sim,estava,tudo azul."
(Luiz Vilela)