sexta-feira, 28 de março de 2008

Sentir culpa por bobagem é o fim

Aprendi uma lição na minha vida, que anda monótona ultimamente.

Quem lê este blog sabe que o esporte para mim é uma válvula de escape da lentidão, burocracia, ineficiência e sedentarismo do serviço público.

Nesta semana entraram duas tiazinhas na aula de natação. Com toda a dificuldade imposta pela idade, elas estão lá. Boa parte do tempo elas afundam, mesmo usando a prancha e as bóias de flutuação, e ainda assim não perdem o bom humor.

Durante a aula a professora tinha mandado eu nadar de costas, que é muito difícil de se orientar e  saber o que está atrás da nossa cabeça. Numa braçada acertei o traseiro de uma das tiazinhas. Tudo bem que essas trombadas são até comuns durante uma aula de natação, mas fiquei pensando...tinha que ser logo numa das tiazinhas?

Não cheguei a parar depois da malfadada braçada, mas fiquei pensando, cheio de culpa, será que foi descuido? Ou obra do destino? O que vou dizer pra ela agora? De tanto pensar e repensar, esqueci da vida e logo em seguida senti uma coisa dura acertando a cabeça. Era a parede. Tinha esquecido o principal que era cuidar a borda da piscina.

Conclui que sentir culpa pode até paralisar nossa capacidade de raciocínio, ela monopoliza nossos pensamentos e nos impede de ver o que é realmente importante. E quem leva a pior somos nós mesmos. É burrice sentir culpa por algo que foge do nosso controle.

E...pensando melhor, notei que a tiazinha até que estava com uma cara de satisfeita depois da aula ;-)