Pensamentos de um servidor público que é operador do direito, que gosta de escrever sobre assuntos aleatórios.
terça-feira, 31 de outubro de 2006
Rumo a Buenos Aires!
Tango in Buenos Aires
Originally uploaded by Sassilass.
Enfim, vou aproveitar um feriadão!
Vou a Buenos Aires, saio quarta-feira às 18:30 e volto no domingo.
Colocarei neste blog algumas fotos de minha autoria da capital portenha tão cedo quanto possa. Mas a maioria das fotos estarão no Rodrigo Mochileiro.
Aproveitem o feriado e desculpem o spam ;-)
Fumantes sem vez nos hospitais públicos
A explicação é que a operação é muito cara e isso poderá servir como alerta para eles (os fumantes). A instrução é que eles abandonem o hábito ou então não poderão fazer a cirurgia custeada pelo governo. Terão que pagar com o próprio bolso.
Aduziu, ainda, que os fumantes oferecem maior risco de complicações e demoram mais na recuperação, o que gera maiores gastos hospitalares.
Só serão excluídos os fumantes em situação de urgência.
No Brasil, o Judiciário jamais permitiria o governo fazer este tipo de política de saúde, uma vez que a Constituição diz: "saúde é direito de todos e dever do Estado", o que significa dizer que o sujeito pode ser irresponsável consigo mesmo por toda a vida que a nossa pátria-mãe-gentil irá gastar milhões de reais pela sua recuperação, quando após, poderá voltar a fumar.
Num país mais realista, cada um seria responsável pelos seus atos, mas a idéia fundada na responsabilidade individual não vingou na Constituição.
Talvez por não dar voto.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Lula é o Presidente
Agora vai... "Deixa o homem trabalhar..."
Originally uploaded by leandroMoraes.
Com 58 milhões de votos, Lula continuará por mais 4 anos na Presidência.
O povão votou na estabilidade econômica, a cesta básica barata e o crédito consignado.
Há de se reconhecer, a famosa frase de James Carville, marqueteiro de Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, deu o tom da eleição, como quase sempre acontece com as democracias ocidentais: "é a economia, idiota".
Paradoxalmente, dirigentes do PT manifestaram-se logo após a eleição afirmando que a "era Palocci chegou ao fim". Para eles, o que consagrou a eleição de Lula foi o bolsa-família e o assistencialismo. Pretendiam mudar o rumo da economia, sabe-se lá para onde. De forma responsável, Lula os desautorizou.
Lula é o Presidente, apesar do PT.
sábado, 28 de outubro de 2006
Cargo público, tão incompreendido e tão desejado...
Hoje é meu dia. Dia do funcionário público.
Temos a fama de trabalhar pouco e ganhar muito.
Nossa função, que muitas vezes envolve o trabalho de limitar direitos particulares em favor do interesse público ou da coletividade é muito mal compreendido pela população.
De qualquer jeito, gostaria que as pessoas imaginassem como seria a vida sem os professores que ensinam as crianças, os policiais que patrulham as ruas, os auditores que não deixam os governos errar na administração.
Não obstante muitas vezes ser uma profissão odiada, dada a instabilidade da situação econômica, cada vez mais pessoas concorrem a concursos públicos, não importando quanto pode ser desinteressante o trabalho e o salário de um servidor público.
É o paradoxo que vive o funcionário público. Ter fama de preguiçoso e possuir, ao mesmo tempo, um cargo desejado por muitos.
Apenas um conselho para quem deseja ser funcionário público: não entre no serviço público pensando em não trabalhar. Se você pensa assim não está escolhendo a profissão certa. E gente deste tipo é indesejada no serviço público, assim como em qualquer atividade.
A fantasia e a realidade
Como era de se esperar, a Globo preocupou-se muito mais com o visual do cenário do que o conteúdo. Na verdade, os candidatos pareciam apenas coadjuvantes no meio daquela parafernália eletrônico-visual montada. O ridículo chegou ao ápice quando Lula e Alckmin apertavam os botões numa espécie de controle remoto de um telão e acima deles aparecia a imagem de um popular apresentando-se e logo em seguida fazia a pergunta aos candidatos. Cena digna de um programa de auditório da MTV ou do Sílvio Santos.
Em contraste com o cenário de ficção científica montado pela Globo, os populares (donas de casa, microempresário, agente de trânsito...) que apresentavam as perguntas levaram aos candidatos o Brasil real: enchente que leva os móveis da casa, trabalho sem carteira assinada, angústia com a aposentadoria.
Algumas perguntas nem deveriam ser apresentadas aos candidatos a presidente, e sim ao prefeito (maior parte delas) e aos governadores dos estados.
De qualquer jeito, os candatos fizeram o possível para responder, ou às vezes para fugir do assunto.
Pouco se aproveitou do debate. Num cenário de programa de auditório, os candidatos eram apenas figurantes, que nem tinham tempo suficiente para responder as perguntas.
Para mim, o povão saiu com muito mais dúvidas que respostas.
O melhor debate foi o primeiro, promovido pela Band, no qual foram apresentadas perguntas pertinentes, num ambiente sóbrio, cujas atrações eram os candidatos e as idéias e não os efeitos especiais.
De qualquer jeito, a eleição está decidida.
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
Constituinte me assusta
Convocar uma assembléia nacional constituinte significa fazer uma nova Constituição para o país. Reconhece-se que a atual não presta e faz-se outra.
Como fazer, ninguém sabe como, uma vez que o Congresso, com a credibilidade despedaçada, não teria autoridade para tanto. O corporativismo próprio da classe política impede que o texto avançasse em alguns sentidos, como as despesas do Congresso Nacional. Cogitou-se junto com a Ordem dos Advogados do Brasil convocar uma comissão de notáveis e posteriormente submeter o texto a um plebiscito popular.
Meu medo é que no atual estado das coisas, com alguns inocentes úteis exigindo rapidez nas reformas, a balança do poder penda para o lado do Poder Executivo para acelerar as coisas e o país passar a ser governado num regime autoritário.
Um Poder Executivo com maiores poderes poderá resultar num regime chavista ou alguma república bolivariana.
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
Último debate será decisivo?
"Segundo alguns analistas, há um empate técnico entre os candidatos, principalmente com apoio recebido pelo Geraldo em São Paulo, do PMBD, PDT e da Força Sindical, entretanto, não podemos esquecer que São Paulo é o maior colégio eleitoral do Brasil com aproximadamente 26 milhões de eleitores.
O último debate que será realizado entre os candidatos a presidência, é de suma importância, poderá decidir em favor do candidato que melhor se apresentar, principalmente daquele que demonstrar equilíbrio, for convincente e persuasivo nas suas respostas. Poderá sai do debate o vencedor das eleições, que com certeza, ganhará por margem pequena de votos."
Da minha parte, estou cético do quanto o último debate será decisivo. Será que depois dos quatro debates há mais alguma questão que se deva discutir entre Lula e Alckmin a ponto de fazer o eleitor mudar de voto? Acho difícil haver surpresas. Ou, se houver, é mais difícil ainda Lula não ter uma resposta a alguma pergunta inesperada.
Usando uma analogia do futebol, acho que Lula vai jogar na retranca. O empate lhe serve. Provavelmente vai levar uma pilha de dados e números e despejar em cima de Alckmin, tentando manter o debate morno. Ainda mais que numa ação no Tribunal Superior Eleitoral foi decidido que a apresentação de números é parte da campanha eleitoral e não cabe a Justiça apreciar este tipo de questão.
Para mim, como já escrevi, a eleição está decidida, de fato conquistar o voto do Estado de São Paulo é muito importante, visto que é o maior colégio eleitoral do Brasil, mas ambos são bem votados em São Paulo, dada as origens de Alckmin e Lula. Mas tem o voto do resto do Brasil, com o Sul apoiando Alckmin e o Nordeste com Lula, embora Lula esteja recuperando terreno onde está perdendo, inclusive no Rio Grande do Sul.
Vou assistir ao último debate, mas não tenho mais dúvidas quem vai ganhar no domingo que vem. Minha única dúvida é se o Chuchu irá apimentado ao debate ou não...
terça-feira, 24 de outubro de 2006
A campanha eleitoral acabou, Lula está eleito
Contudo, uma pergunta muito parecida poderia ser feita para Geraldo Alckmin: "Tenho 61 anos, sou pai de quatro filhos adultos, todos com curso superior, mas com dificuldades de bons empregos ou de empreender. Como é que o sua filha conseguiu emprego numa loja chique, alvo de investigação da Polícia Federal e responde a vários processos de sonegação fiscal na Justiça Federal"?
Portanto, respondendo a um comentário feito pelo Professor Bandini, do Eu Vi Anteontem, não acho que Lula e Alckmin sejam muito diferentes.
Parece que o povão preferiu mesmo se preocupar com os problemas do cotidiano, como o preço da comida, os programas sociais, o empréstimo consignado. Nestas questões, eu acho que o PT fez um governo melhor que o FHC.
E na data de hoje, para variar, segundo o Datafolha, Lula subiu nas pesquisas, agora são 58% para Lula e 37% para Alckmin.
Para mim a eleição está decidida.
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Leituras em trânsito
Luz
Originally uploaded by r0drig0 FL0res.
Disse o Rabi Zussia a um discípulo: "Os dez princípios do servir não te posso ensinar. Mas podes aprendê-los com uma criança e com um ladrão.
Da criança aprenderás três coisas:
Ela é alegre, sem precisar de estímulo,
Ela não passa um só instante em ociosidade,
Ela quando lhe falta alguma coisa, sabe exigi-la energicamente;
Sete coisas ensinar-te-á o ladrão:
Faz seu serviço durante a noite,
Se uma noite não consegue o que quer, dedica-lhe a seguinte,
Ele e seus colegas de trabalho amam-se entre si,
Arrisca a vida por uma ninharia,
Dá tão pouco valor ao que apresa que vende a preço de ninharia,
Deixa que sobre ele chova pragas e pancadas e pouco se importa,
Seu ofício lhe agrada muito e não troca por nenhum outro."
Trecho de um livro lido na Rodoviária de Jaguarão, enquanto esperava o ônibus de volta para casa. O livro era Histórias do Rabi, de Martin Buber, 2ª Edição, pág. 147-148, Editora Perspectiva.
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Dar valor ao que é importante
confusion
Originally uploaded by itsnihal.
É costume no trabalho as pessoas dizerem na segunda-feira: "não vou me irritar porque é segunda".
Mas e os outros dias? Bem...
Seria cômico se não fosse preocupante ver um sujeito todo engravatado, com peso acima do indicado, num balcão de um prédio público, com agenda, informações processuais, chave do carro em cima da papelada, numa sexta-feira, faltando menos de cinco minutos para terminar o expediente (e conseqüentemente começar o fim-de-semana), folhando furiosamente um processo e esbravejando impropérios contra a autoridade ("esse cara é louco"!!!) na frente de um servidor que nada tem a ver com o assunto, fingindo mostrar interesse pelo espetáculo patrocinado pelo Dr. Stress.
Afinal o que se ganha com isso?
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
Proposta de paz para a eleição
Para os que estão se exaltando, é bom lembrar que a eleição passa, mas o país fica, a vida continua, independente de quem vencer a eleição.
Portanto, mesmo com a proximidade das eleições, meu desejo é de paz para os militantes de Alckmin e Lula.
É louvável ter convicções e defender uma candidatura, mas partir para a violência não leva a nada. Não vale a pena.
Afinal...quem garante que daqui a um ano não esteremos arrependidos do voto? ;-)
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
Novo instrumento do terror
telephone dial art
Originally uploaded by secretagent007.
Vale a pena ter um telefone fixo?
Normalmente as pessoas têm o hábito de dar o telefone fixo para quem solicita dados como bancos, lojas, o local de emprego. Eles preferem obter o número do telefone fixo porque a ligação é mais barata.
Mas a divulgação do telefone torna a pessoa exposta.
Portanto, como já era de se esperar, o telefone fixo virou um novo instrumento de violência e extorsão, num país cuja bandidagem age de forma impune e as autoridades fingem que o problema não é com elas.
O golpe consiste nos bandidos que aproveitando-se das leis-da-terra-de-ninguém que vigoram nos presídios do país, ligam para as pessoas, que quase sempre são senhoras idosas, e dizem que o filho sofreu um acidente.
A ligação parece convincente por causa do ruído e da mistura de vozes que aparenta tratar-se de uma situação confusa.
Aproveitando-se do choque da vítima, eles começam a fazer perguntas como o nome do filho, o carro, e em seguida mudam o assunto para dizer que se trata de um seqüestro, exigem resgate e dão o número da conta-corrente para ser depositado o dinheiro.
É claro que a vítima vai ligar para o celular da pessoa que teria sido seqüestrada para confirmar, mas o celular poderá estar desligado, ou sem bateria, ou não ser ouvida a chamada e as conseqüencias são impensáveis.
Às vezes, antes de aplicarem o golpe, ligam alegando que são da operadora de celular e pedem para desligar o aparelho para facilitar o golpe.
Quando as vítimas depositam o dinheiro, o valor é sacado quase que imediatamente e a conta é fechada.
Apesar de tantas denúncias e casos narrados como estes, parece que nem as companhias telefônicas, bancos ou governo estão fazendo alguma coisa para impedir a ação da bandidagem.
Proteja-se e salve-se quem puder.
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Texto de William Shakespeare
Eu aprendi...
...que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto;
...que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las;
...que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.
Eu aprendi...
...que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando;
...que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida;
...que por mais que você corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo que cortamos de nosso caminho.
Eu aprendi...
...que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser e devo ter paciência;
...que posso ir além dos limites que eu próprio me coloquei;
...que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento ou ser controlado por ele.
Eu aprendi...
...que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem;
...que perdoar exige muita prática;
...que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Eu aprendi...
...que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar minha vida;
Eu aprendi...
...que eu posso ficar furioso, tendo o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.
Eu aprendi...
...que a palavra "AMOR" perde o sentido, quando usada sem critério;
...que certas pessoas vão embora de qualquer maneira;
...que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas que eu acredito.
Se aprendessemos algumas coisas, tudo seria mais fácil...certas coisas realmente eu já aprendi...outras...ainda não...estou tentando...o que vale é a intenção...
William Shakespeare
domingo, 15 de outubro de 2006
A questão Banrisul
o velho e o 'novo'
Originally uploaded by eneca.
É a velha maldição do vice. Os candidatos aos cargos executivos, por se acharem que são invulneráveis, não têm preocupação de ter um vice de qualidade.
Passei toda eleição sem saber quem era o vice-candidato a governador da chapa tucana na eleição do Rio Grande do Sul, encabeçada por Yeda Crusius.
Só descobri que chamava-se Paulo Feijó na semana passada, quando ele se pronunciou favoravelmente à privatização do Banrisul-banco pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul. Paulo Feijó é empresário, não sei de que ramo, e é filiado ao PFL. Autodenomina-se liberal, pois "prefiro ser neoliberal do que comunista”. É tudo que sei dele.
Sobre o Banrisul, o vice-candidato de Yeda Crusius disse que o banco é um "cabide de empregos". Sobre a gestão financeira do banco, o sujeito que não gosta de comunistas, disse que "o Estado gasta dois milhões de reais por dia no Banrisul. Já pensou se usasse esse dinheiro com a segurança?"
Ia ser mesmo o paraíso! Mas infelizmente a ideologia liberal não sabe o Banrisul é uma estatal lucrativa, como todo banco diga-se de passagem. Neste sentido, o banco financia-se com receitas que são próprias e desvinculadas do Estado, como acontece com toda sociedade de economia mista, que tem autonomia e gerência própria.
Na verdade, o Estado do Rio Grande do Sul, com as finanças do jeito que estão, muito mais depende do Banrisul, do que o Banrisul do Estado, visto que com freqüência o banco é chamado para cobrir as necessidades de caixa do Estado, como vem acontecendo há muitos anos com o pagamento do 13º salário dos funcionários públicos.
Mas tudo isso é só um detalhe, porque para Paulo Feijó não é feio um candidato a vice-governador mostrar desconhecimento sobre finanças públicas.
Feio mesmo é ser comunista.
sábado, 14 de outubro de 2006
Gauchismo em debate na eleição para governador
Potreiras
Originally uploaded by Eduardo Amorim.
Candidato Olívio Dutra, ex-governador do Rio Grande do Sul, que tenta o retorno ao cargo, critica o "gauchismo de ocasião" da candidata oponente Yeda Crusius.
Realmente, nascida em São Paulo e moradora de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, Yeda Crusius faz o estilo da mulher urbana. Parecia desajeitada posando numa foto tomando chimarrão num CTG, tentando fazer o gênero tradicionalista.
Neste aspecto, não dá para comparar com Olívio Dutra, que nasceu no interior da Região das Missões, e durante o período que foi governador fazia questão de posar para as fotos tomando chimarrão.
Agora, o peso do nativismo na eleição gaúcha é pequeno.
Embora nós, os gaúchos, temos a fama de sermos extremamente vinculados à cultura da região, observei no dia 20 de setembro, data máxima do Estado, nos desfiles comemorativos havia mais cabos eleitorais agitando bandeiras dos seus candidatos que propriamente bandeiras do Rio Grande do Sul.
Portanto, nativismo não conta na hora de votar, porque o eleitorado gaúcho, como o de qualquer lugar, sempre vai preferir um governo eficiente, que use terno e gravata (ou salto alto...) a um incompetente de bombachas.
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
Alckmin obteve vitória fajuta
Nas últimas pesquisas, depois do debate, Lula abriu 12 pontos de vantagem sobre Alckmin.
O jeito é mudar a estratégia, pois o estilo picolé de chuchu apimentado não funcionou.
Na minha opinião o debate ficou desagradável, uma vez que predominaram os ataques pessoais.
Mas pelo que já ouvi, o povão gostou, principalmente os eleitores de Alckmin que, ao que parece, querem que alguém diga o que Lula deveria ouvir sobre mensalão, aerolula, dossiê.
O problema é que a tática não está funcionando...
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
Wordpress lento demais
Mas agora percebi que as páginas de segurança (https) usadas para manutenção do blog estão muito, muito lentas. Eu sei que normalmente estas páginas de segurança são mais lentas, mas estão devagar demais atualmente, o que está inviabilizando a manutenção do blog :-(
Será que é só comigo?
terça-feira, 10 de outubro de 2006
Apenas uma coisa de concreto
Alckmin disse que vai vender o avião de uso do presidente, o Aerolula.
Afirmou que com o dinheiro vai construir 5 hospitais.
Promessa que se deve cobrar caso seja eleito.
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
Alckmin se saiu (um pouco) melhor
Ontem o debate não chegou a esse nível, mas os candidatos exageraram nos ataques pessoais.
A respeito do que vão fazer, caso eleitos, foram genéricos demais.
Logo na primeira pergunta, sobre a reforma da previdência, Alckmin traçou seu plano de governo (não respondeu), Lula respondeu menos ainda.
Na parte da ética, foi onde Alckmin se saiu melhor, colocou Lula na defensiva, embora Lula também tenha respondido, com propriedade, que seu governo não abafava as CPIs do Congresso, o que FHC passou fazendo boa parte dos seus 8 anos.
Alckmin estava agressivo, falava em tom alterado, muitas vezes não conseguia responder no tempo estipulado. Lula estava com uma aparência que nunca vi na vida. Olheiras, olhos fundos, ombros caídos, parece que emagreceu demais. Está muito diferente do Lula das fotos oficiais.
Alckmin se saiu um pouco melhor, mas foi o primeiro debate.
Não tenho muita esperança que melhore o nível, já que pelos comentários que ouvi, num Estado que vai votar em massa nos tucanos, o povão está querendo mais pancadaria e sangue no debate, porque se não for assim "perde a graça".
No sul o mau-humor do eleitorado com o PT está beirando à raiva, embora tenha dado muitas razões para isso.
Saudades da juventude
-Oi, já acordou?
(pausa)
-Ah como o celular estava ligado, pensei que tu já tinha te acordado...
(nova pausa)
-Tá bem, só liguei para te mandar um beijinho...
Um detalhe: eram 11:15 da manhã :-)
domingo, 8 de outubro de 2006
O que vai nas batatas vai para você
"O que vai nas batatas vai para você". É a tradução literal do cartaz, uma peça promocional da British Heart Association. Crisps é como os ingleses de chamam os bicoitos crocantes, batata chips, etc...
O crédito pela divulgação do cartaz pertence ao blog do Alex Castro.
Melhor jeito de acompanhar a eleição
Gabriela, do Jus Communicatio, reclama da lentidão da internet no dia da eleição. De fato, a conexão no dia 1º de outubro estava pior que nos tempos do acesso discado. Por outro lado, os milhões de brasileiros que tentaram acompanhar a apuração pela internet ficaram frustrados. O site do TSE não atualiza automaticamente o que obrigava o internauta ficar dando reload toda hora, o que era, obviamente, uma solução medieval. Tentei o site da RBS, mas era outra furada, porque embora ele atualizasse a apuração sem precisar usar o reload, o resultado vinha muito depois do que era narrado no rádio. Banda larga, bluetooth, wi-fi? Nada se compara ao radinho de pilha.
sábado, 7 de outubro de 2006
Virose
Eis meus amigos que me acompanharam durante três semanas da minha vida: anti-inflamatórios, descongestionantes e analgésicos.
A epidemia de virose varreu a cidade deixando muita gente de cama. Quando se comentava sobre a doença, quase sempre se ouvia: "mas tu também?" Os sintomas comuns eram sinusite, tosse e desinteria. Comigo aconteceu nessa ordem.
O curioso é que li notícias de gente que em várias partes do país também pegou a malfadada virose. Li que o ator Tarcísio Meira Filho ficou sem voz e teve que cancelar gravações. Na TV, ouvi que o meia Tcheco do Grêmio FBPA teve que ir 7 vezes ao banheiro durante a concentração do jogo contra o Palmeiras. No meu caso, depois da 3ª vez, eu perdi as contas.
Consegui voltar a fazer exercícios regularmente nesta semana e hoje joguei futebol com a turma do trabalho.
Em resumo...de volta à vida!
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
Aumenta o número de mulheres que sustentam o lar
A notícia foi muito comentada, mas ninguém se aventurou a dizer a causa.
Sem uma base científica, eu vou arriscar. Ela não é a única causa, mas acho a mais importante. Vou ser acusado de moralista.
Somos um povo conhecido pela sua sensualidade. Cenas eróticas são exibidas nas novelas, mesmo tratando-se de um público composto basicamente de donas de casa. Crianças decoram com surpreendente facilidade letras de músicas obscenas. Os ricos, bacanas e famosos do nosso país têm relações sexuais em público nas praias do exterior, como no caso Cicarelli. Daí a famosa expressão "brasileiro gosta de sacanagem".
Acontece que às vezes "dá zebra", e nesses casos a responsabilidade pela criação e principalmente o sustento das crianças cai sempre sobre a pessoa que está mais perto, ou seja: a mãe.
Infelizmente no nosso país tem sacanagem demais e emprego de menos.
quinta-feira, 5 de outubro de 2006
Golpe baixo em Pernambuco
Observe o santinho acima. Ele foi distribuído no interior de Pernambuco, cuja população é pouco instruída e é reduto eleitoral do PT. Repararam o número que consta abaixo de Lula? Isso mesmo. É o número de Geraldo Alckmin. Sacanagem e marketing negativo do picolé de xuxu!
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Outro contador de visitas
Como alternativa ao popular Sitemeter, eu recomendo o GoStats.
É parecido com o Sitemeter, mas o GoStats tem algumas funcionalidades a mais, como a possibilidade de verificar a intensidade do tráfego de acordo com a hora.
Por fim, melhor ainda, como o GoStats tem uma versão que não é java, é possível inserir no Wordpress.
É grátis!
:-)
terça-feira, 3 de outubro de 2006
Minha opinião sobre a reforma previdenciária
Num mundo perfeito, a reforma previdenciária ideal seria botar essa gente de volta para trabalhar!
Polêmica com o IBOPE em 2002
Fiasco das pesquisas no Rio Grande do Sul
Durante toda a campanha eleitoral o atual governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigoto, era apontado como favorito para ir ao segundo turno, uma vez que sempre aparecia em primeiro lugar nas pesquisas. No último levantamento do Instituto IBOPE antes da votação não foi diferente. Aparecia na liderança.
O Estado do Rio Grande do Sul é conhecido por sua qualidade de vida e a longetividade da população, a mais alta do país, que chega a 72 anos.
Apesar das estatísticas, a incógnita era saber a razão por que o atual governador seria reeleito considerando a depressão econômica, altos índices de desemprego e os impostos no Rio Grande do Sul estarem nas alturas.
Veio a apuração e o atual governador foi derrotado, ficando de fora do segundo turno, contrariando todas as previsões.
Agora se sabe, o problema não era o eleitorado. Eram as pesquisas.
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Campanha pelo voto nulo/branco não colou
Fico feliz pela baixa abstenção, porque minha cruzada contra a campanha pelo voto branco/nulo, cujas razões eram fundadas na desinformação, foi a única campanha política na qual eu participei com este blog.
O eleitorado resolveu assumir uma posição, ao invés de omitir-se diante dos problemas do país.
Não há mais favorito
As trapalhadas na campanha do PT durante as últimas semanas fez com que Lula deixasse de vencer a eleição no primeiro turno. As piores delas foram a tentativa de compra do dossiê para prejudicar a campanha de José Serra para o governo de São Paulo e Lula não ter ido ao debate da principal emissora de TV do país.
Isto não significa que a vitória de Lula foi apenas adiada, pelo contrário.
O segundo turno é outra eleição e o momento é de Geraldo Alckmin, cuja militância está enlouquecida a julgar pelo interesse que demonstra por ver a foto do adesivo anti Lula.