quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Justiça julga ilegal a tarifa básica do celular



Justice Clock

Originally uploaded by digital josh.

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul já havia se manifestado em julgamento anterior pela ilegalidade da "tarifa básica" do uso de telefone fixo, ou seja, aquela em que o usuário do telefone paga sem ter usado o aparelho, verdadeira pérola do nosso regime capitalista em que a empresa de telefonia aufere renda sem precisar fornecer o serviço. O fundamento legal é com base nas portarias administrativas da ANATEL, que contrariam frontalmente o Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
No dia 28 deste mês o Tribunal de Justiça do Sul estendeu o entendimento da ilegalidade da cobrança da tarifa básica num processo envolvendo um usuário de telefone celular.
Disse o Julgador do recurso, Desembargador Mário José Gomes Pereira, que somente é autorizada a cobrança do que é usufruído de modo concreto pelo consumidor. “Nem se diga que tal rubrica destina-se a cobrir custos de manutenção do sistema de telefonia; para tanto, as empresas de telecomunicações já auferem lucros vultosos que cobrem toda e qualquer despesa de que se possa cogitar.”
E acrescentou: “Logo inimaginável possa haver serviço não remunerado; haverá tarifa sempre que houver ligação.”
Da decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, cabe recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça.
Espero que o julguem com base no Código de Defesa do Consumidor e não nas portarias da ANATEL.

Link do processo.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Tudo é questão de prova

No Direito se diz que alegar sem provar, é o mesmo que não alegar.

E no trabalho vale o mesmo princípio.

Meu local de trabalho, há 5 anos atrás, criou um programa de computador que automatizou o envio de memorandos, requerimentos internos, ofícios e todo o tipo de documento que tramita no serviço público.

Isso eliminou a malfadada burocracia? De jeito nenhum! Pelo contrário, aumentou o trabalho para enviar os documentos, visto que se antes bastava escrever à caneta o despacho no próprio processo, agora deve-se abrir o programa no pc, escrever, imprimir e grampear a folha no processo administrativo. Oh sim, e também imprimir várias cópias, uma vai no processo administrativo, outra no judicial, outra vai para pasta e assim por diante...

Então qual é a vantagem? Simples. Tudo que se escreve fica registrado num gigantesco banco de dados, com o dia, mês, hora e minuto daquilo que foi escrito. Isso é uma segurança para caso de perda de documentos, em especial naquele tipo de trabalho que se depende de centenas de outras pessoas e setores estranhos daquela pessoa que está trabalhando.

Resumindo, fica provado na memória do banco de dados o meu trabalho.

Obviamente, que a gang do mal do trabalho resiste ao novo sistema, porque ele dá muito mais trabalho, o que não deixa de ser verdade. Embora, aparentemente, eles não ligam muito para a questão da responsabilidade do trabalho.

Por exemplo, hoje fui chamado para explicar o motivo por que uma dívida com o INSS não foi paga, visto que foi cobrada em junho de 2005 e nenhuma providência foi tomada. Em questão de segundos, localizei o memorando no banco de dados e pude provar que foram tomadas as providências, pelo menos àquelas que cabiam ao meu setor.

No trabalho, com o fim de provar a responsabilidade e competência, tudo é questão prova.

E a tecnologia me salvou de uma bela repreensão!

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Quando há chance de recuperar o que foi perdido

duvida.gifMeu pai esqueceu o casaco no banco de ônibus durante uma viagem. O ônibus não chegava àqueles que os passageiros levam galinha de acompanhante, mas ainda assim era um daqueles bem toscos para uma viagem de 2 horas e meia. Não tinha ar-condicionado, nem banheiro. Boa parte dos passageiros eram pessoas simples, moradores do subúrbio da cidade e  zona rural.
Eu já dava o casaco por perdido, mas para minha surpresa, entrando em contato com a empresa, o casaco foi devolvido sem nada ser pedido em troca.

Imediatamente lembrei de um amigo meu, que ao retornar de um curso de especialização em Medicina nos Estados Unidos, no vôo Los Angeles-São Paulo pela Japan Airlines, repleto da grão-finagem, esqueceu o casaco no banheiro.  Ao perceber o esquecimento, retornou ao banheiro cinco minutos depois, e voltou de mãos abanando.

Contando o episódio para mim, ele declarou: "estou agora no meu país!"

domingo, 26 de novembro de 2006

Minha "arrogância"

...não me incomoda, embora às vezes me faça sentir um E.T. nesse mundo por quê:

-Não sei o nome das novelas que estão passando na TV;

-Nunca vi um episódio sequer do Big Brother Brasil;

-Nunca vi Lost, nem sei do que se trata;

-Não acompanho futebol;

-Não falo "tipo assim" (expressão que aqui no sul se usa quando não se sabe o que dizer, eu simplesmente fico quieto);

- Não escrevo "falow kara?"

Sobre arrogância, o Alex Castro, um dos melhores e mais irreverentes blogs do Brasil, escreveu: "Para a maioria das pessoas, o simples fato de alguém viver sua vida do seu jeito, tentar ser independente, já é o pior tipo de ofensa."

E eu concordo e assino embaixo...

sábado, 25 de novembro de 2006

Proibição das férias coletivas da justiça não pegou

Dizia o falecido Deputado Roberto Campos, de saudosa memória, que as leis no Brasil são como vacina, umas pegam e outras não.

Com o objetivo de dar um maior dinamismo à nossa morosa justiça, foi promulgada e Emenda Constitucional nº 45 dispondo que "a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente."

Pois bem, ao que parece, a EC nº 45 proíbe férias coletivas nos juízos e tribunais, ao menos é o que se entende do texto da Constituição.

Mas recentemente, por 65 votos a 26, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul aprovou a adoção de férias coletivas para desembargadores do 2º grau e férias forenses para os juízes de 1º grau durante todo o mês de janeiro.

Durante as férias coletivas, só funcionará plantões para atendimento das medidas urgentes e todos os prazos processuais estarão suspensos.

Não obstante a duvidosa (aliás muito duvidosa) constitucionalidade das férias coletivas, um desembargador do TJRS declarou que a Constituição não é compreendida do ponto de vista meramente literal. "É analisada à luz dos fatos que ocorrem, no momento histórico que ela é interpretada".

É possível que a manifestação tenha se dado pelo fato do Conselho Nacional de Justiça, que tem a função de fiscalizar as atividades do Poder Judiciário, ter revogado a Resolução nº 03, que proibia a adoção de férias coletivas. Posteriormente, o CNJ voltou atrás e decidiu que aos tribunais de justiça dos estados é quem cabe decidir sobre as férias coletivas conforme a Resolução nº 24/CNJ.

Outros tribunais de justiça, na esteira da Resolução nº 24/CNJ também estão adotando as férias coletivas em janeiro.

Enfim, a EC nº 45 que proíbe as férias coletivas, obrigando a atividade jurisdicional funcionar ininterruptamente só vigorou no ano de 2005.

Só durou um ano, agora o negócio é curtir as férias!

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Miséria não é emprego

O Senado aprovou o pagamento do décimo-terceiro salário (gratificação natalina) às pessoas que recebem o auxílio do bolsa-família. O bolsa-família é um auxílio financeiro do governo federal destinado às pessoas que estão em situação de "vulnerabilidade social", eufemismo usado para definir uma vergonha nacional que chama-se miséria.

O bolsa-família sempre foi polêmico, pois tem defensores de peso, como o Fundo Monetário Internacional e o Prof. Edmund Phelps, prêmio Nobel de Economia, mas por outro lado, fato é que onde o bolsa-família atinge maior número de pessoas, o governo sempre obtém votação expressiva.

O curioso é que na forma proposta do pagamento da gratificação de natal aos beneficiários que recebem o bolsa-família, eles terão um direito equivalente às pessoas que têm um emprego regido pelas leis trabalhistas, o que se trata de uma imoralidade, a não ser se agora neste país entenda-se que miséria também é emprego.

Em suma, coisas de Brasil.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Choradeira de sempre



Chair

Originally uploaded by Exaxis.

O que sempre acontece, aconteceu de novo, sempre a cada quatro anos, sempre por volta de um mês após o segundo domingo de outubro, data das eleições para  governador.

A equipe da recém-eleita governadora Yeda Crusius examinou as contas do Estado e chegou a conclusão que a situação financeira do Rio Grande do Sul é mais "dramática do que se podia imaginar".  O governo anterior chamava isso de "herança maldita".

Assessores mais próximos da governadora disseram que se nada for feito para estancar o déficit, o governo estadual terminará o ano de 2007 pagando a folha de salários dos servidores, aposentados e pensionistas (i. e. os culpados de sempre...) referente ao mês de agosto.

Para resolver a barafunda, a equipe econômica da governadora quer impor cortes nos gastos do Poder Judiciário e no Ministério Público.

O problema é que não pode.

Não pode porque a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul obriga que a proposta anual de orçamento deve ser elaborada em conjunto com os três poderes e o ministério público do estado.

Para resumir, é ilegal o Poder Executivo impor cortes unilaterais no orçamento dos outros poderes.

Ironicamente, alguns membros do Judiciário estão dizendo que a governadora deveria parar de ouvir os economistas (ela também é economista) e prestar atenção aos advogados para ditar suas ações de governo.

A situação me lembra um diálogo que tive certa vez com um secretário da saúde.

Disse a ele que as ordens judiciais que obrigam a administração a entregar remédios aos pacientes pobres devem ser cumpridas, porque descumprimento de ordem judicial pode resultar em prisão.

-"Ah, mas assim ninguém vai querer ser secretário da saúde!"

-(silêncio...)

Pensei: "por que aceitou o cargo então"...?

A mais difícil fase do ano



Tempestade sobre Pelotas-Brasil / Storm over Pelotas-Brazil

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Todo mundo passa por situações difíceis na vida. Este ano, graças a Deus, não enfrentei nenhuma situação dramática, um contratempo aqui ou ali, mas nada que a paciência não pudesse resolver.

Agora, uma coisa indesejável que aparece todo o ano é inevitável: o cansaço. Não se trata daquela tristeza com as festas de fim de ano, que muita gente sente. É cansaço mesmo. Esgotamento.

Fazer coisas rotineiras como levantar-se da cama, vestir-se, ligar o PC do trabalho, elaborar uma petição, cada uma dessas atividades parece que nesta época drenam uma energia imensamente maior do que o normal.

Para não falar na mudança para o horário de verão, que é maravilhoso quando se viaja, ou se vai a praia, mas quando se está trabalhando é uma dificuldade a mais.

Nem adianta aconselhar alimentação saudável, atividade física, porque isso já faço.

Por pouco que não cai no sono no barbeiro no dia de hoje.

Acho que a solução é tolerar o cansaço, porque há pouco que se pode fazer, a não ser esperar pelo verão...e as merecidas férias!

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Minhas cinco manias

A Esfinge me convidou para participar do incentivo das Palavras Soltas para enumerar minhas cinco manias.

Elas não são politicamente corretas. ;-)

Aqui vai:

1) Cheirar o antebraço (há testemunhas que dizem que faço isto desde quando bebê no berço);

2) Coçar o nariz e as suiças;

3) Dormir com dois travesseiros empilhados;

4) Usar sempre o mesmo perfume para sair com uma companhia feminina;

5) Não usar perfume quando saio sozinho.

sábado, 18 de novembro de 2006

Blogar por dinheiro não é pecado, mas dá trabalho

Sou fã do  Contraditorium.

Na essência, trata-se de um blog que ensina a blogar, comenta sobre as novidades da blogosfera e dá dicas como  ganhar dinheiro blogando. O Contraditorium acabou virando um daqueles blogs de referência da blogosfera brasileira.
No Contraditorium,  foi iniciado um debate, sob o título "Dilema ético ou pura frescura?"

Fala da situação de um sujeito  que mantém um blog cujo assunto  não tem o mínimo de interesse pessoal, mas sabe que o assunto atrai milhares de visitas e dá uma boa receita de publicidade. Para resumir, bloga por dinheiro sobre um assunto que não dá nenhum prazer em escrever.

Isto é ético?

É curioso ver tantos blogs na lista dos tops   que oferecem pirataria, corpos destroçados em acidentes,   celebridades namorando numa praia e mais tantas coisas que a fértil imaginação dos internautas é capaz de engendrar e ninguém questionar sobre   o limite ético do conteúdo dos blogs. :-)

A situação do sujeito que bloga por dinheiro equivale a um emprego. Óbvio que, como acontece em qualquer emprego, haverá situações que agradam e outras nem tanto. Quanto mais se gostar do trabalho, mais fácil é encarar as longas horas que o sujeito tem de ficar à disposição do empregador. Na mesma linha dos blogs, será melhor se o assunto interessar ao autor.  Mas tanto blogando quanto trabalhando, por mais que se goste,  sempre haverá situações frustrantes, tal  como no blog ser postado um comentário maldoso ou haver roubo de conteúdo na proporção do quanto que o blog torna-se conhecido.

Num blog, como num emprego, ninguém vive no inferno ou no paraíso, exclusivamente.
O maior problema do sujeito que bloga por dinheiro sobre um assunto que não tem interesse não é ético, e sim de motivação. Acho que muitos não resistiriam blogar deste jeito  por muito tempo e manter seus visitantes.

E quem se propõe a uma empreitada dessas tem que ficar atento aos modismos. Se hoje o RDB está na moda, amanhã não estará mais e o sujeito vai ter que arrumar outro assunto  para continuar a ganhar dinheiro...

Afff...ser blogueiro profissional não é coisa para mim...

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Meu país poderia fazer o mesmo...



Meu país poderia fazer o mesmo.../ Wish my country will do the same...

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Na Argentina e no Uruguai agora é proibido fumar dentro de estabelecimentos públicos. Estão incluídos bares, restaurantes, repartições públicas. A foto mostra o cartaz dentro de um restaurante no Uruguai.

No dia de hoje, a França publicou uma lei semelhante. Nada mais francês do que a imagem de Jean-Paul Sartre fumando. Mas o governo francês, atento aos bilhões de euros que gasta com a saúde pública, agiu ouvindo a racionalidade.

Empresas privadas poderão ter salas fechadas, confinadas a um espaço não maior de 35 metros quadrados mas não será permitido construi-las em hospitais, centros escolares e administrações públicas, pois, segundo o ministro da Saúde, Xavier Bertrand, "o Estado pode e deve ser exemplar".

Queria que no Brasil também fosse editada uma lei neste sentido, mas o cigarro neste país é pesadamente tributado e a arrecadação do governo com os impostos vicia tanto quanto a nicotina :-(

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Shakespeare e a alma

Navegando pela Internet, ando descobrindo textos interessantes que são creditados a William Shakespeare.

Este é o último deles:

"não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não
pára, para que você junte seus cacos.
Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende realmente que pode suportar...
que realmente é forte, e que pode ir mais longe,
depois de pensar que não pode mais.
E que realmente a vida tem valor diante da vida!" Shakespeare.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Aqui no Sul se fala assim



João-de-barro o Hornero

Originally uploaded by Eduardo Amorim.

Impina publicou uma série de ditados gaúchos. Para ver a lista completa clique aqui.

A seguir, selecionei alguns mais usados (e engraçados):

Mais atoa…
- que guri no mato.

Atrapalhado…
- que nem cego em tiroteio.

Mais atrasado…
- que risada de surdo.

Babava…
- como boi com aftosa.

Tão baixinho…
- que quando peida levanta poeira do chão

Bom…
- como namoro no começo.

Bonita…
- que nem laranja de amostra.

Mais caro…
- que argentina nova na zona.

Cheio…
- como penico em dia de baile.
- como mala de contrabandista.

Cheirando bem…
- como cangote de noiva.

Mais comprido…
- que putiada de gago.
- que trova de gago.
- que esperança de pobre.
- que suspiro em velório.
- que cuspe de bêbado.

Mais conhecido…
- do que parteira de campanha.

Mais constrangido…
- que padre em puteiro.

Mais curto…
- que coice de porco.
- que estribo de anão.

Mais duro…
- que salame da colônia.

Enfeitado…

- como carroça de cigano.
- como quarto de china.
- como santo milagroso.
- como guaiaca de gringo.

Mais enrolada…
- que lingüiça de venda .

Extraviado…
- que nem chinelo de bêbado.

Faceiro…

- como mosca em tampa de xarope.
- como guri de tirador novo.
- que guri de bombacha nova.
- como passarinho velho em gaiola nova.
- como lambari em poça d’água.

Mais fedorento…
- que arroto de corvo.

Feia…
- como mulher de cego.

Mais feio…
- que indigestão de torresmo.

- que briga de foice no escuro.
- que paraguaio baleado.
- que sapato de padre.

Mais Fino
- do que assobio de papudo.

Folgada…
- como luva de maquinista, que qualquer um mete a mão.
- como peido em bombacha.
- como cama de viúva.

Mais por fora…
- que surdo em bingo.
- que cotovelo de caminhoneiro.

Mais forte…
- do que peido de burro atolado.
Frio…
- de empedrar água do poço.

Mais Gordo
- que noivo de cozinheira.

Mais gorduroso
- que telefone de açougueiro.

Mais grosso…
- que rolha de poço.

Mais informado…
- que gerente de funerária.

De alma leve…
- como um passarinho.

Mais magro…
- que guri com solitária.

Mais medroso…
- que velha em canoa.
- que cascudo atravessando galinheiro.

Nervoso…
- como gato em dia de faxina.

Mais nojento…
- que mocotó de ontem.

Quieto no Canto
- como guri cagado…

Pior…
- que jacaré sem lagoa.

Sério…
- que nem defunto.
- que nem guri cagado.
- como guri que examina galinha para ver se tem ovo.

Sofrendo…
- como joelho de freira na Semana Santa.

Mais sujo que…
- pau de galinheiro.

Mais virado…
- que bolacha em boca de velha.

Mais velho…
- que andar de pé.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Dieta na Argentina? Contem outra!



Bife argentino / Argentinean Beef

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Depois da volta de Buenos Aires reli meus blogs favoritos, que estão à direita dos posts.

Vi que o pessoal caprichou na produção dos artigos!

Num deles, no Antes Nunca do que Cedo, do Prof. Arturo, é contada a história de uma família com problemas de obesidade. Ainda assim, capricham no prato sem aparentemente demonstrar culpa. E na hora de beber...pedem Coca-Cola Diet.

Não tenho problema com obesidade, mas cuido da alimentação : evito gordura, fritura, como saladas verdes, gosto de massas para dar energia.

Mas em Buenos Aires cuidar da alimentação é algo impossível. Ao menos para o turista brasileiro. É um dos piores lugares do mundo para fazer regime. Nota-se instantaneamente a qualidade do pão, do queijo, das massas, e obviamente, daquilo que a Argentina é famosa e exporta para o mundo inteiro: a carne!

Conter-se na mesa é um ato de heroísmo, o que eu não consegui. Como prova, vejam o tamanho de um inocente beef argentino acima.
E para matar a dor na consciência, advinhem o que acompanhava?

Coca Light!

domingo, 12 de novembro de 2006

A contradição das ONGs

A sigla ONG significa organização não governamental. São organizações que auxiliam o poder público em vários assuntos, como administração pública, saúde, educação.

Obviamente que elas não trabalham de graça para o governo, eis que são remuneradas por isso.

Pela lei, não é preciso fazer licitação para contratar uma ONG para trabalhar para o poder público. Admite-se contração direta, sem submeter a ONG a concorrência pública.
O problema é que uma ONG de "não-governamental" elas não têm absolutamente nada, visto que na prática quase a sua totalidade vivem de verba...governamental!

Em recente auditoria do Tribunal de Contas das União, foi concluído que: "A relação entre o Estado e as ONGs, de acordo com o TCU, é pautada pela quase absoluta falta de controle, com conseqüente perda aos cofres públicos e à população. 'O que está ocorrendo é uma verdadeira terceirização da execução das políticas públicas para organizações da sociedade civil, daí descambando para toda sorte de ilícitos administrativos, tais como a burla da exigência de concurso público e de licitações, o uso político-eleitoreiro dos recursos transferidos, o desvio de recursos para enriquecimento ilícito, entre muitos outros', diz a auditoria relatada pelo ministro Marcos Bemquerer Costa.

Para quem acha que a terceirização de tudo no serviço público é a panacéia para todos os seus males, a resposta está acima.

Estátua / Statue



Estátua / Statue

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Belo detalhe de um prédio histórico em Jaguarão, no Rio Grande do Sul / Beauty statue in a historic house in Jaguarão, Rio Grande do Sul, Brazil.

sábado, 11 de novembro de 2006

Veja como você fará para comentar num blog com a aprovação do projeto de lei do Sen. Eduardo Azeredo (PSDB-MG)



the wonders of bureaucracy

Originally uploaded by sleepseekr.

A Gabriela, do Jus Communicatio, indicou um link que explica como você fará para postar um comentário, caso a lei que prevê o controle burocrático sobre a internet seja aprovada pelo Congresso. Vá  aqui para ver.

E comentem este post rápido, antes que o projeto seja aprovado!

Tempos de paz no meu blog (enfim...)

O dia de maior tráfego no meu blog coincidiu ser aquele que antecidia o primeiro turno das eleições presidenciais: 642 visitas.

Grande coisa. É o tipo de tráfego temporário, que uma vez terminada a moda, volta tudo ao normal. Gosto mesmo é de leitores regulares, mesmo que sejam de número reduzido, já que ficar correndo atrás de artigos que só servem para inflar artificialmente as visitas (tal como é a tônica da blogosfera...) para mim é muito estressante.

De fato, prefiro postar sobre o pãozinho que comi na padaria a mostrar as fotos da Cicarelli namorando (melhor viver as próprias emoções) ou as fotos do acidente com o avião da Gol (extrema falta de respeito e pode resultar em processo judicial).

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Te quiero Buenos Aires...



Te quiero Buenos Aires...

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

Eu odeio tango. Mas umas das vantagens em viajar é que a gente se surpreende consigo mesmo. O sujeito da foto sou eu no Bairro La Boca, em Buenos Aires, dançando tango... / I hate tango, but sometimes we have good surprises when we are travelling. That´s me in La Boca, in Buenos Aires, Argentina, dancing tango.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Eu quero um governo republicano!

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Maus tempos para o partido republicano. Na eleição de hoje, em que se disputam os cargos parte do Congresso e em vários estados da federação os democratas são favoritos.

George W. Bush, republicano, enfrentando o descontentamento do povo americano com a guerra no Iraque, ataca os democratas como pode: ele disse que a filosofia dos democratas é "se o sujeito respira, tributa. E se ele pára de respirar, encontre seus filhos e tribute do mesmo jeito."

Se George W. Bush conhecesse o peso dos impostos no Brasil teria um infarte. Eu quase tive na Argentia. Sobrevivi quatro dias comendo carne gordurosa da espessura de um celular velho, cerveja, massas com molho picante, vinho e não tive nenhum problema de saúde.

Mas quando vi a gasolina sendo anunciada a menos de dois pesos (R$ 1,60) e banda larga de 600 mbps a 40 pesos (R$ 32,00) me veio uma profunda revolta no estômago.

Se os americanos não querem, eu quero!

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Gula porteña



Gula porteña

Originally uploaded by r0drig0 FL0res.

De volta de Buenos Aires. A capital porteña  está cada vez melhor. Não vou colocar todas as fotos neste blog, apenas algumas, mas pretendo colocar muito mais no Rodrigo Mochileiro.  No Rodrigo Mochileiro  ainda estou terminando uma série sobre uma viagem a Jaguarão que fiz há cerca de um mês. Após, iniciarei a postar sobre a trip a Buenos Aires.
Apenas para deixar os leitores com água na boca (será...?), vou mostrar uma das maiores diversões da Argentina: a gastronomia. O prato da foto chama-se parrilla ou parrillada. Ele é feito das visceras da vaca, intestino, frango, costela e salsichão. É servido com o prato ao fogo para continuar a fritura. Definitivamente não é coisa para quem é fraco do coração. Mas na hora de comer...quem se importa? / One of the better things to do in Argentina is enjoy the cousine. The dish of the picture is called parrilla or parrillada. It´s cooked with intestine of the cow, chicken and rip. It´s served still cooking. Definitely it´s not for faint hearts. But it´s delicious! So, who cares?