sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Constituinte me assusta

Geraldo Alckmin comprometeu-se  não convocar uma assembléia constituinte. Lula não se comprometeu com nada. Disse que se o povo quiser, não haveria razão por que não convocá-la.

Convocar uma assembléia nacional constituinte significa fazer uma nova Constituição para o país. Reconhece-se que a atual não presta e faz-se outra.

Como fazer, ninguém sabe como, uma vez que o Congresso, com a credibilidade despedaçada, não teria autoridade para tanto. O  corporativismo próprio  da classe política impede que o texto avançasse em alguns sentidos, como as despesas do Congresso Nacional.  Cogitou-se junto com a Ordem dos Advogados do Brasil convocar uma comissão de notáveis e posteriormente submeter o texto a um plebiscito popular.

Meu medo é que no atual estado das coisas, com alguns inocentes úteis   exigindo rapidez nas reformas, a balança do poder penda para o lado do Poder Executivo para acelerar as coisas e o país passar a ser governado num regime autoritário.

Um Poder Executivo com maiores poderes poderá resultar num regime chavista ou alguma república bolivariana.

Um comentário:

  1. João Cândido Tunes da Silveira27 de outubro de 2006 às 16:59

    Na verdade não adianta viver fazendo novas constituções, se não se põe em prática nem as leis já previstas na atual. O Brasil tem essa obsessão por colocar tudo no papel, para lá ficar perdido sem aplicabilidade.

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