domingo, 14 de maio de 2006

O preço de uma democracia

Evo Morales, admite que ainda não sabe governar. Afirmou que não é fácil passar de lider sindical a presidente. Disse ainda que às vezes é obrigado a se transformar num burocrata por culpa do sistema. "A Bolívia é um país que precisa de reformas estruturais, mas muitas vezes eu quero mudar algo ou propor um projeto novo, mas há leis que me obrigam esperar meses", finalizou.
É o preço da democracia, señor Evo.
Ao mesmo tempo que a democracia é um sistema de garantias, ela também impõe uma série de obrigações ao Governo, impedindo mudanças bruscas na administração. É curioso que a queixa de Evo Morales é comum a muitos políticos que queixam-se da burocracia e da falta de agilidade da administração pública. Cite-se o exemplo da necessidade dos governos prestarem contas dos seus atos, de licitações que obedecem a um demorado processo administrativo, processos que investigam uma falta administrativa e um sem número de situações que demandam papel, assinaturas, demora e muita burocracia! Essas obrigações não são necessariamente um mal, porque visam assegurar garantias mínimas do indivíduo e da sociedade. Mas representam um desafio e tanto para a arte de governar. Evo Morales terá que fazer suas opções. Para o bem ou para o mal.

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