quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Tudo é questão de prova

No Direito se diz que alegar sem provar, é o mesmo que não alegar.

E no trabalho vale o mesmo princípio.

Meu local de trabalho, há 5 anos atrás, criou um programa de computador que automatizou o envio de memorandos, requerimentos internos, ofícios e todo o tipo de documento que tramita no serviço público.

Isso eliminou a malfadada burocracia? De jeito nenhum! Pelo contrário, aumentou o trabalho para enviar os documentos, visto que se antes bastava escrever à caneta o despacho no próprio processo, agora deve-se abrir o programa no pc, escrever, imprimir e grampear a folha no processo administrativo. Oh sim, e também imprimir várias cópias, uma vai no processo administrativo, outra no judicial, outra vai para pasta e assim por diante...

Então qual é a vantagem? Simples. Tudo que se escreve fica registrado num gigantesco banco de dados, com o dia, mês, hora e minuto daquilo que foi escrito. Isso é uma segurança para caso de perda de documentos, em especial naquele tipo de trabalho que se depende de centenas de outras pessoas e setores estranhos daquela pessoa que está trabalhando.

Resumindo, fica provado na memória do banco de dados o meu trabalho.

Obviamente, que a gang do mal do trabalho resiste ao novo sistema, porque ele dá muito mais trabalho, o que não deixa de ser verdade. Embora, aparentemente, eles não ligam muito para a questão da responsabilidade do trabalho.

Por exemplo, hoje fui chamado para explicar o motivo por que uma dívida com o INSS não foi paga, visto que foi cobrada em junho de 2005 e nenhuma providência foi tomada. Em questão de segundos, localizei o memorando no banco de dados e pude provar que foram tomadas as providências, pelo menos àquelas que cabiam ao meu setor.

No trabalho, com o fim de provar a responsabilidade e competência, tudo é questão prova.

E a tecnologia me salvou de uma bela repreensão!

Um comentário:

  1. Aprendi na época da faculdade que devemos guardar até papel de bala. Acredite, alguns papéis guardo como papele de bala.
    Abraços

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