
Parecia que a República estava perdendo sua causa.
No entanto, os farroupilhas ganharam novo ânimo com a mudança de política do império em relação à província do Rio Grande do Sul.
Pressionado pela Câmara dos Deputados, o regente Pe. Diogo Feijó substituiu Araújo Ribeiro pelo Brigadeiro Antero de Brito, acumulando o cargo de comandante militar, sendo-lhe ordenado tratar os rebeldes com dureza. Em Porto Alegre, as cadeias ficam lotadas, funcionários públicos são demitidos, simpatizantes à causa dos farroupilhas são expulsos da cidade.
A mão dura do império não abateu os rebeldes e em janeiro de 1837, Lages, em Santa Catarina foi tomada pelos farrapos. Em 30 de abril do mesmo ano, reconquistaram Rio Pardo, a mais populosa cidade da província, à margem do Rio Jacuí, no "portal da campanha", o interior da província, onde os farrapos levavam vantagem contra os imperiais. Parecia que o desastre de Fanfa tinha sido apagado, ocorrido no mesmo Rio Jacuí.
Luiggi Rossetti, um italiano recém chegado a Piratini descreve o clima na cidade: "Nunca tinha visto um povo tão animado. O entusisamo disso me comoveu até as lágrimas. Esta noite haverá fogos e hinos...".
Para o êxtase dos farroupilhas, chegara a notícia que Bento Gonçalves conseguira escapar da prisão e assumiria a presidência da República em 16 de dezembro.
Os combates diminuiram nos anos seguintes. Os serviços administrativos da República organizam-se com a representação no exterior das nações vizinhas, a implantação do serviço dos correios e a instituição de um novo regime tributário. Funda-se um jornal de idéias republicanas, chamado "O Povo".
Crédito da Foto: Gaúcho Site
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