
Mas, como acontece com quase tudo que é bom em Pelotas, fechou de repente...
Então sobrou outra livraria. Não que se trate de uma livraria ruim, pelo contrário. O pessoal é atencioso, tem uma enorme variedade de livros e fica a uma distância da minha casa mais ou menos similar à antiga livraria. Agora, o conforto deixa a desejar, pois as obras tem que se consultar em pé...
Hoje, suando, consultando um livro em pé, falei para o atendente, antigo funcionário que trabalhava na livraria que fechou, que sentia falta da antiga livraria, pois era possível consultar os livros sentado num sofá, e ele respondeu:
-Pois é, isso depende muito da cultura da cidade.
-"Aí vem bomba", pensei...
-O senhor sabe que apareciam uns advogados, de terno e gravata, pasta de couro, sentavam na mesa, abriam os livros e puxavam os caderninhos, faziam as anotações, deixavam os livros e simandavam?
Ele acrescentou que os dias de chuva era o dia dos folgadões. Entravam na livraria se achando, copiavam o conteúdo das últimas edições dos melhores autores e iam embora sem pagar.
Desfeito o mistério.
Sempre achei que advogados, bem... enfim, é difícil conhecer a verdadeira alma deles. Mas Vc é a excepção à regra, Rodrigo.
ResponderExcluirBjo para você.