sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Nosso ranking da corrupção

No último levantamento da ONG Transparência Internacional o Brasil melhorou quatro posições na percepção de corrupção. Passou de 73. para 69. lugar, entre 176 países.
Num interessante artigo, o Professor Luís Flávio Gomes cita um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Vox Populi, que concluiu que atitudes ilícitas se incorporaram na sociedade brasileira: "Uma determinada conduta que carrega carga ilícita ou um desvirtuamento ético, pela sua reiterada prática, passa a se incorporar na tábula social e ali se aloja como uma postura normal, fazendo parte do cotidiano." Exemplos disto: “não emitir nota fiscal, não declarar Imposto de Renda ou declarar a menor, tentar subornar o policial de trânsito para evitar multa, falsificar carteira de estudante, dar/aceitar troco errado, subtrair energia de TV a cabo, furar fila, comprar produtos falsificados, bater ponto para o colega de trabalho, falsificar assinaturas,”
Conclui-se que infelizmente não fomos educados para a virtude e mesmo quem não concorda com estas ações cai impotente diante do sistema.
Portanto, o fato de nosso ranking ter melhorado não significa uma mudança de mentalidades é, isto sim, uma flutuação estatística.

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