terça-feira, 3 de abril de 2007

Tempo de escolhas difíceis

Portugal há cerca de um mês atrás aprovou, através de plebiscito, uma lei que torna mais fácil o aborto. No México, há um projeto de lei também neste sentido.

Canadá, Estados Unidos e Comunidade Européia já permitem o aborto ou tem uma legislação muito mais liberal que a brasileira com este propósito.

E no Brasil tramita um projeto de lei no Congresso autorizando a gestante a interromper a gravidez até a nona semana de gestação.

Apesar do espírito liberal do nosso povo, algumas questões familiares viraram tabus. Cite-se que no Brasil, para quem não sabe, o divórcio só foi autorizado em 1977. Antes disso, as pessoas que se "desquitavam" (termo da época) e não podiam casar de novo, porque o vínculo matrimonial permanecia com o cônjuge separado. A lei vigorava contra os costumes sociais, dado o enorme número de pessoas que viviam juntas e não conseguiam regularizar suas vidas através do casamento.

Há alguns anos atrás tentou-se autorizar o aborto eugênico, o qual é realizado em crianças com deficiências físicas que inviabilize a sobrevida do feto. Um padre totalmente alterado foi ao Congresso com várias crianças com síndrome de down e discursou: "com a aprovação dessa lei poderemos escolher: matamos estas crianças agora ou antes de nascer?"

Cruz credo!

A polêmica vai ser grande. Apenas para apimentar um pouco mais o debate, há algumas semanas atrás, foi divulgada uma reportagem de um jornal local mostrando que 71% dos menores internados nas casas de correção nunca conheceram o pai.

O resultado é imprevisível. Não duvido que o Congresso faça o mesmo com a questão do desarmamento e mande realizar um plebiscito.

E sobrará para nós!

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