quarta-feira, 14 de junho de 2006

Jogo da seleção não é dia de trabalho

Algumas lojas do centro da cidade abriram durante o jogo da seleção brasileira contra a Croácia. O resultado foi o esperado: os estabelecimentos ficaram às moscas e os empresários terão que arcar com o prejuízo. Patrão que obriga o empregado a trabalhar em dia de jogo da seleção rouba o resto de auto-estima que sobra na alma do brasileiro, cujo sentimento de patriotismo confunde-se totalmente com a paixão pela seleção brasileira. Em anos de copa do mundo, sete de setembro poderia ser dia normal de trabalho, ninguém se importaria. E ficariamos ainda no lucro.

3 comentários:

  1. Concordo, é pura besteira manter o comércio aberto durante os jogos do Brasil, pelo simples fato de não haver comprador.

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  2. "Futebol é o ópio do povo e o narcotráfico da mídia", li e não recordo a autoria da máxima, só sei que simplesmente perfeita.

    pois bem, os empresários que quase já não arcam com os mil e dois benefícios e obrigações devidos aos trabalhadores, que o Estado não dá conta, logicamente sairão perdendo. É bem claro que o Direito do Trabalho é para trabalhadores, nunca empresários
    [os empresários não trabalham, oras...!quem faz o país crescer não merece contemplação].
    É absurdo o patritismo com data marcada, com tanta |corrupção às claras| isso torna, ao meu ver, os jogos com gosto ainda mais amargo - mistura de vergonha com falsa ilusão de auto-estima.

    Seu D´Urso não só advogado criminalista como ótimo político, acima de tudo :)

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  3. Não acho que o brasileiro confunda o sentimento de patriotismo com a paixão pela Seleção brasileira. Ao contrário, acho que eles se opõem. O brasileiro não é patriota, ele torce pela seleção. São coisas diferentes.

    Talvez um post sobre patriotismo fosse um assunto interessante (que eu não me atreveria a escrever sob pena de ser banido do país).

    Um abraço,

    Arturo.

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