sábado, 3 de junho de 2006

Deus e os religiosos

O Papa Bento XVI, ex-membro alistado da juventude hitlerista e do exército alemão, visitou o campo de extermínio de Auschwitz. Auschwitz foi um complexo de campos de extermínio que funcionaram no sul da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial. Em frente ao monumento construído em homenagem às vítimas daquele campo, calculadas em um milhão e meio de pessoas, o papa disse: "Discursando neste lugar de horror, onde inéditos crimes de extermínio foram cometidos contra Deus e o homem, é quase impossível, e é particularmente difícil e problemático para um cristão, para um papa da Alemanha. " A próxima parte surpreendeu o mundo religioso: "Num lugar como esse, as palavras falham. No fim, sempre vem um silêncio assustador, um silêncio que por si é uma dor no coração dirigida a Deus: Por que Senhor permaneceu em silêncio? Como pode tolerar isso?" Indagado com a pergunta feita pelo Papa, Rabino Henry Sobel respondeu: "Deus estava esperando que o homem cumprisse suas obrigações." Anteriormente, numa entrevista ao Terra OnLine, o Rabino já havia dito: "Eu me dou bem com Deus. Espero que Ele se dê bem comigo também. Às vezes tenho problemas com Deus, assim como Ele deve ter comigo. É uma presença constante em minha vida. De vez em quando, questiono algumas coisas ligadas a Ele. Porém, se a gente questiona, é porque acredita!" Alguns entenderam a reação do Papa como um questionamento da existência de Deus. Mas teólogos, como cientistas, também expressam momentos de perplexidade diante dos acontecimentos. Mais ainda numa ciência que é ligada ao comportamento humano, tão imprevisível às vezes. Foto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário