
Semana passada pela primeira vez na vida usei o e-proc.
E-proc, que vem de "eletronic process", é uma forma de ajuizar com um processo na Justiça de forma totalmente digital. Os papéis devem ser escaneados para integrar o processo.
A vantagem é que se trata de forma mais barata e rápida de tramitar um processo. É mais barato porque dispensa-se o uso de folhas e os incontáveis xerox, economiza espaço nos tribunais, evitando o acúmulo de processos nas prateleiras que são o maior ícone da morosidade da justiça. É rápido porque a citação da parte adversária é automática, sem a usual frustração dos mandados judiciais não cumpridos, que às vezes levam anos para serem cumpridos!
Num país cuja burocracia tem raízes culturais, a abolição do papel para algumas causas na Justiça Federal foi um passo decisivo rumo ao futuro. Por incrível que pareça, não houve resistência às mudanças e até hoje não foi noticiado nenhum problema grave no e-proc.
Vivo hoje uma situação paradoxal com a Dona Justa. Por um lado, há um mar de lama com o escândalo da venda de sentenças. Por outro, meu entusiasmo é enorme com o e-proc, que foi prometido pelo Conselho Nacional de Justiça sua instalação em todos os tribunais de justiça estaduais ainda este ano.
Será que sai mesmo? :-)
Como cidadão, fico muito satisfeito em saber que as coisas estão andando mais rápido na Justiça. Posso vir a ser parte, réu ou impetrante nesse processo, e em qualquer dos casos, gostaria que se resolvesse com a maior rapidez possivel.
ResponderExcluirComo biólogo, fico feliz em saber que menos árvores estão sendo derrubadas para fabricar papel. Em uma estimativa bastante discutível, a cada 40kg de papel fabricados uma árvore é derrubada.
E-mail já tem ajudado bastante, então e-proc's também podem gerar um impacto significativo nessa balança!
Minha esposa é Defensora Pública. Eventualmente traz processos pra casa. Ufa! Haja espaço! E adivinhe quem é que carrega os vários volumes pra ela???
Um grande abraço e um excelente final de semana!
Osc@r