terça-feira, 1 de maio de 2007

Não se trata de um dia para comemorar

A idéia do emprego mudou.


Os custos trabalhistas e previdenciários que um empregado representa para uma empresa faz com que ela pense três ou quatro vezes antes de contratar. E se precisar contratar o fará por meio de terceirizações. Terceirização é o destino de muitos empregados de uma empresa, que outrora tiveram o emprego na mesma, mas com o fim de fugir da carga fiscal, transformam o vínculo de emprego numa relação autônoma de trabalho, passando o "autônomo" a ganhar menos. Obviamente.

E para quem acha ruim, metade da força de trabalho do país está na informalidade. Isto é, aparentemente são pessoas que têm emprego fixo, mas não tem carteira assinada, ficando totalmente à margem da proteção de previdência social e da aposentadoria, com o destino lhes reservando na velhice uma pensão de um salário mínimo.

Neste aspecto, nem culpo os empregadores, porque muitos optaram por esta vida por causa do...desemprego! Sem outra alternativa, tornaram-se micro, pequeno e médios empresários possuindo pequenos negócios que não podem arcar com os custos fiscais e previdenciários. A posição desta gente não é diferente de um empregado, uma vez que trabalham sem ter direito a hora-extra, décimo-terceiro salário, fim de semana remunerado e sempre sujeitos aos humores da nossa economia.

Num ambiente de tantas incertezas, tenho sérias dúvidas de se trata de um dia para se comemorar.

Para quem discorda da minha opinião, antecipadamente peço desculpas pelo que vou dizer, uma vez que as leis trabalhistas, a CLT de Getúlio Vargas, tornou-se um tabu no país, mas o que penso das leis trabalhistas é que elas têm que reformadas com um objetivo mais importante: gerar emprego.

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