sexta-feira, 16 de abril de 2010

Advogado deficiente visual faz a defesa oral da União no STJ

Para quem vive se queixando da sorte nos concursos públicos, vale a pena ler esta história.
No dia 14 de abril, pela primeira vez na história do Superior Tribunal de Justiça, um advogado cego fez uma sustentação oral em favor da União em plenário.
Cláudio de Castro Panoeiro foi diagnosticado com uma doença degenerativa nos olhos, e o obrigou a estudar na Linguagem Braile a partir dos 11 anos.
Concluiu o ensino fundamental no Instituto Benjamin Constant, especializado em educação para deficientes visuais, no Rio de Janeiro. O ensino médio foi cursado no Colégio Dom Pedro II, que não era especializado para deficientes e para estudar era ajudado pelos colegas que liam o conteúdo dos livros.  
Escolheu estudar Direito em virtude de sua deficiência.
Na UFRJ foi ajudado por meio de um programa sintetizador que "lia" o conteúdo dos processos e dos livros. Antes de se graduar já exercia o cargo de técnico judiciário no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Depois de formado prestou outro concurso e tornou-se analista judiciário.
Em 2005 foi aprovado no concurso da Advocacia-Geral da União.
“Ele sempre foi muito dedicado. Não deixou de ser um aluno nota dez”, conta a advogada Jeane Esteves, com quem Panoeiro é casado. Não precisava nem dizer! Trata-se de um exemplo de vida.

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