domingo, 6 de abril de 2008

Hora de eleger prioridades

Jornal local de uma "city", orgulhosa, mas cuja economia está em franca decadência há muitos anos, alerta em manchete que o atraso da votação da Câmara de Vereadores de subsídios fiscais para instalação de empresas poderá fazer com que a cidade perca novos investimentos.

A empresa que mais reclama é uma distribuidora de refrigerantes, cujos dirigentes e autoridades locais orgulham-se de ter criado 46 empregos diretos.

O que foi decidido pela Câmara de Vereadores é que a prioridade para discussão é a negociação salarial do Executivo e os 6500 servidores municipais, considerando que a Lei Eleitoral fixa prazos para a promulgação de leis que reajustam o salário dos funcionários públicos.

De fato, entre o conflito de interesse de 46 "empregos diretos" e o destino de 6500 servidores públicos, que quase a totalidade trabalha no setor da saúde e educação, setores essenciais para o funcionamento do serviço público, me parece bastante sensata a prioridade dos nobres edis.

O serviço público não garante "46 empregos diretos", mas tem o dever de assegurar saúde e educação para a comunidade.

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