quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A onda verde foi só modismo

Onda verde só não basta. É moderno. É chique. É importante. Mas não basta.

Marina é uma pessoa cuja trajetória de vida merece a admiração e o respeito de todos. De fato, não é simples uma pessoa se alfabetizar aos quinze anos, começar a trabalhar como doméstica e eleger-se Senadora da República. Marina, sem dúvida, é uma Vencedora.

Acontece que é impossível deixar de reconhecer que as verdadeiras forças políticas nacionais resume-se ao PSDB e ao PT. Os outros partidos foram diminuindo de tamanho à medida que passaram a defender interesses paroquiais, fisiológicos e corporativistas.

Realmente, é impossível de deixar de concluir que o voto na Marina foi da classe média que encantou-se com sua educação, elegância e à preocupação com o meio-ambiente, dando um aspecto moderno às suas vagas propostas.

Mas em termos práticos e realistas, é totalmente inviável conceder a administração do país a um partido nanico, cheio de gente folclórica, oportunista e sem nenhuma estrutura.

Com efeito, a eleição começou agora e os debates obrigatoriamente abrangerão temas muito mais indigestos, como reforma tributária, reforma política, papel do Banco Central, saúde, educação, assuntos que não entusiasmaram os que aderiram à “onda verde”, e querendo ou não terão que optar por Serra ou Dilma.

O Brasil merecia mesmo o segundo turno.

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